domingo, 29 de agosto de 2010


Cinderela...

Sonhos mornos de amor
guardados com tal carinho
em caixinhas de papel,
cuidados mimos azuis
da cor da lua no céu!

Cinderela, moça menina
de sonhos escritos verdes
chora a angustia da espera
dos amores que não teve!

Escreve cartas lembranças
de uma amor que não tem fim
pra cada amor ela planta
uma rosa no jardim!

Rega com lágrimas doces
os amores que quer bem,
mas espera dias infindos
aquele que ela não tem!

Seu peito acolhe com graça
os amores de sua vida
ama-os com muito amor
deixa-os depois na avenida!

Moça dos amores todos
que a brisa oferece
a todos ela se dá
mesmo assim ela padece!

Pois anseia em seus dias
um amor de não ter fim
procura em todas as bocas
não encontra algo assim..

Então vai vivendo amores
escrito em papel marfim
espera que sua espera
um dia tenha um fim!


Fica pois a experimentar
bocas muitas , enquanto espera
que um príncipe venha a encontrar
ela , eterna cinderela!


fatinha, só fatinha...






sexta-feira, 27 de agosto de 2010


Meu amor...


Meu amor por você
é feito bola de sabão
voa alto no azul do céu
alcança a boca e o coração!

Ele é feito arco-íris
com cores lindas assim
tem flores , tem borboletas
voando pelo jardim!

Meu amor por você
é raio de sol no céu
é uma festa colorida
tal criança em carrossel!

Por isso desenhei ele
em um enorme coração
coloquei um ramo de flores
e amarrei a um balão!

E pedi a um anjo azul
que a ti fosse entregar,
com uma cartinha de amor
onde estou a declarar.


Meu amor por você
num querer , sem ter mais fim
com gosto de amor real
e um quê de morrer por ti!

Meu amor por você,
essa festa de alegria
em meu peito está guardado
numa imensa fantasia!

fatinha , so fatinha...

Outono


Meus olhos vagam por ti,

Em dia de desejar-te.

Minha boca seca ao vento

Na ânsia que tem em beijar-te!


Te fostes a tempos infindos

Levando de mim o verão!

Deixou em mim o outono

De folhas secas no chão!


Fica um gosto sem gosto

Que me atravessa a garganta

Escrevo com letras tortas

a palavra esperança!


Hoje somente um aceno

Nessa estação sem fim

Outono, se vai me abandona

Quero flor no meu jardim!


Ao chegar o fim da tarde

Findarei meu desalento

Trocarei essa estação

Pois a soprarei ao vento!


E se assim não acontecer,

Fecharei minha janela,

A lua não entrará

Nem irei ao encontro dela!


Direi adeus a espera

Cuidarei de meu jardim

Plantarei flores de plástico

E serei feliz assim!


fatinha, so fatinha...

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Roda gigante...


É a vida passando assim
em forma de gigante roda que nos volteam...
que nos levam a alturas e quase a tocar a lua,
que lá no céu, continua contemplativa,
do que escolhemos , para compor poesias!
Ontem , catei pedaços de uma memória perdida.
Uni-os e formei uma saudade, que guardada
se escondia de mim!
Meu peito, hoje me oferece abrigo para guardar-te!
Teu chamado , só me aguça, o desejo que tenho
de encontrar-me , de entender-me!
Ah!eterno divã , chamado tempo...
onde colocas as palavras que aqui tento proferir
e nem sequer balbucios saem?
Aprendi as falas da alma, mas perdi as notas da canção -poesia.
E assim, fechei o livro em que tirava histórias de contos de fada,
sentei numa roda gigante e fiz prece , para que ela em seu giro
me faça encontrar o caminho de casa...minha alma!


fatinha , so fatinha....

Pétala de rosa


Minha alma é que nem pétala de rosa, suave
não suporta as agruras de uma noite sem estrelas!
Por isso escrevo histórias de mocinhos ,
de duendes e fadas azuis e espero!
A esperança é um ato solitario,
navega em águas tortuosas, atravessa gargantas
e se fortalece na caminhada do ser" eu"!
Quando a poesia chega , já vem com "destino destinado"
é uma porta ao sonho,as vezes porém
parte-se no forno em que está sendo preparada,
pobre menina orfã, cheia de sonhos a entregar.
Minha alma, pétala de rosa , assim se encolhe
enruguece , chora triste ,a tristeza da poesia partida
e vacila diante do medo que tem em ser devorada pela vida,
monstro marrom que nos persegue
dias sem fim, sem horas , sem tempo
que faz-nos respirar, caminhar e mesmo titubeando
viver a espera solitária da esperança,moça fugidia...
Que nem sempre nos alcança, e deixa-nos a imaginar
como seria ser uma rosa , com pétalas macias!


fatinha, só fatinha...


quarta-feira, 18 de agosto de 2010



Vazio!!!!!

Procuro agora, um lugar
para ancorar meu sonho!
Sou agora, pequena certeza
do amor que se foi!
Chorei uma poesia toda
num dia amargo de solidão...
Calculei meu sorriso e o destribui
junto ao amor que eu tinha por ti!
Não houve , sequer um som dissonante
que me indicasse teu adeus...
Mas ele chegou assim, meio sem cor ,
trazendo um sabor acre , de algo dolorido!
Me sinto vazia...sou agora final de festa....
quando a luz se apaga , a certeza chega
o riso pára...e a noite não me faz te esquecer!


fatinha, só fatinha....



Encontro...

Quero um encontro comigo,
sem estardalhaço, sem meu riso rouco!
Quero me encontrar e comigo aprender ,
quem sou? De onde vem as rimas de meus versos?
Vou pontuar em mim meus pecados d'alma!
Para isso, estendo minha mão e alcanço minha alma...
tristinha ela se esconde de mim...
Tem vergonha que eu a veja , tal qual sou, tal qual ela é...
pequena e de óculos ...quase indistinta
nas horas que passeia enquanto durmo!
Vou inquiri-la de suas andanças, sem cobranças!
Vou separá-la de mim , sem dor ...ou haverá dor?
Alma pequena , não sente ...só ouve a poesia
não sabe sequer recitá-la, mas imprime-a em si
nas suas longas noites de insônia
em que acordada tenta esquecer o ontem!

fatinha,só fatinha ...



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Roda gigante...


É a vida passando assim
em forma de gigante roda que nos volteam...
que nos levam a alturas e quase a tocar a lua,
que lá no céu, continua contemplativa,
do que escolhemos , para compor poesias!
Ontem , catei pedaços de uma memória perdida.
Uni-os e formei uma saudade, que guardada
se escondia de mim!
Meu peito, hoje me oferece abrigo para guardar-te!
Teu chamado , só me aguça, o desejo que tenho
de encontrar-me , de entender-me!
Ah!eterno divã , chamado tempo...
onde colocas as palavras que aqui tento proferir
e nem sequer balbucios saem?
Aprendi as falas da alma, mas perdi as notas da canção -poesia.
E assim, fechei o livro em que tirava histórias de contos de fada,
sentei numa roda gigante e fiz prece , para que ela em seu giro
me faça encontrar o caminho de casa...minha alma!


fatinha , so fatinha....
Amor...



Canção suave encontro em ti
na hora exata de te amar,
quando meu corpo tocas em leve
e o meu peito fazes sussurrar!


Me abro então, feito uma rosa
pra receber-te tal qual jardim!
onde a abelha pousa numa flor
mas, o teu néctar deixas em mim!

Tuas mãos suaves , ondas do mar!
meu corpo encontra sem suspeitar,
que todo instantes em que me amas,
tu já nascestes pra me amar!

façamos então amor - magia
numa festa única de redenção!
Em que tu colas junto ao meu corpo
teu corpo inteiro e o coração!


fatinha, só fatinha...
Perdida...

E assim me encontrei hoje:
sem música , sem festa ...
pela telha do quarto , só a réstia
de um sol quase morno, que hoje
não brilha para mim!
Final de tudo penso eu!
Mas onde estão todos?
Ainda há pouco comigo sorriam.
ah, esta é a razão de minha agonia!
Eu fui sorriso ontem, mas o perdi,
na ébria noite de tempos atráz!
Até minha prece se tornou vazia,
creio que estancou comigo,
nas horas loucas de fantasias!
Me fiz canção, mas perdi a melodia !
Me tornei poema, sem poesia!
Agora estou aqui, sentada
nesse inerte instante do pensamento,
frágil momento!
Desnudo de mim , minha pele alma,
machucada e pequenina...
e sinto-me menina querendo colo!
Só não sei se choro, ou se esperneio
pois até disso tenho receio...
Sou agora , o pedaço de mim,que deixei escondido...
será que tudo está perdido?
Mas, creio na fé de meus poemas pequenos
nas palavras santas que deixei por aí,
quem sabe juntado-as eu encontre a mim?


fatinha, só fatinha...

Amor...


Ah , o amor que espero...que me confunde dia e noite
que remexe os meus sonhos!
Canta hoje comigo?preciso tanto de ti!
A noite , é uma vida inteira...
e teus olhos me fazem me encontrar,
pingam lampejos de céu, na retina onde vejo minha imagem!
Ah! pequeno -grande amor , que inventei para mim,
Encontra-me hoje e faz-me princesa de contos de fadas...
Teus braços meu castelo, tua boca minha certeza,
teu peito meu cobertor , teu corpo minha casa,
teu amor ...meu encontro, nosso encontro:nossas almas!


fatinha,só fatinha...

Minha Canção...

A minha canção, hoje está pelo avesso!
A fala ta gasta , o grito é humano
a dor é insana, perdi o sentido
rasguei o endereço!!!
A vida que eu tinha, deixei ir embora
a dor que sentia, feria meu peito
manhã sem aurora!
Um jeito , sem jeito...
de por para fora, o medo a despeito
da grande contenda , que travo comigo!
Sou pedra, alicerce de algo maior..
sou sangue , sou fibra, da corda sou o nó,
que dita a medida, dos passos que dou ,
e me fazem sentir , que nunca estou só!
Pois tenho comigo,feliz companhia...
o brilho do Sol, da lua a alegria..
que ilumina as noites , em que eu sozinha
me pego a escrever, fazer poesia!
E nela escrevo, sem medo e com fé;
Sou pedra de assento, sou alma mulher!
Que somente busca sua outra metade,
talvez uma rosa, seja a felicidade...
Ou quem sabe o encanto, seja um grande jardim?
Que nunca percebo está dentro de mim...
então vou me dar um grande presente,
suspiro de amor, amor inocente!
Me fecho os olhos num sono eterno
e do meu jardim , eu viro semente!

fatinha, só fatinha...

Busca...

Busquei-me hoje e não me tive!
Estive ausente do luar que veio!
Ah, sombra de alma , pedaço de mim:receio!
O sol desponta e me encontra
perdida em meus devaneios!
Um encontro comigo, hoje sei,
tem que ser marcado com minha alma
que passeia em águas calmas
de um mar sem cor , e sem fim...
Ah, busca incessante de mim!
Traz-me de volta, encontra-me...
estou perdida desde ontem...
e o tempo já longe se vai!
Escuto longe e percebo, a cantiga triste de meus ais...
quebrados , partidos ...com sua própria dor
e com as dores que no caminho encontrou!
Onde deposito meu fardo de histórias perdidas?
onde desenho meu sonho de encontro comigo?
onde encontro respostas de tardes de amor?
Acendam a luz, me mostrem um mapa ...
ou sei, ficará pelo caminho ...o que de mim restou!!!

fatinha ,só fatinha.... (triste)

Alma...

Na primeira noite eu deixei meu coração na porta,
nem cuidado tive, e roubaram uma flor do meu jardim ,
eu não disse nada, nada eu falei...
nem gritei que não, e não falei que sim!
Apanhei minha colcha de retalhos de sonhos
e tentei reconstruir o que sobrou de mim!
E houve uma segunda noite!
o vento com seu açoite, a alma com sua lágrima,
um beijo sem ter sabor...
Veio outra noite, outro sonho,outro amor...
mas a alma não,
essa, nunca mais voltou!


fatinha, só fatinha...


Sou hoje a saudade de você!
Fostes e aqui deixaste-me...com as mãos a espera!
A noite tornou-se meu medo de mim,
pobre e pequenina sombra, que as escondidas
cata seus pedaços...angustia de saber viver!
Tenho agora a verdade de mim mesma!
e busco assim, a boca que deixa viver
a resposta que agora sei existir!
Confesso-me, em algazarra escandalosa
isso é forma inexata de prosa...
Tua mão faz falta...teu falar agora calado,
me deixa a deriva...e assim minha alma se esquiva
esconde-se ,para em noites solitarias dançar ciranda,
recolher meus sonhos... e me fazer dormir!

Fatinha...

Melodia das Rosas...


As rosas cantam e nem as ouvimos!
Sua melodia tem odor de vida...com cor rosa!
Isso é poema ou é prosa?
Não sei, percebas como quiseres, tens um dia todo,
para compreenderes a canção das rosas !
Dia ,que começa na inocência de teu despertar
e vai até a hora de teu novo sonho, a cada noite!
Paras então e ouves!
A melodia é suave,
a música simples , um refrão apenas...
fala de coisas serenas, amenas...
não perpetua dores
não acumula suores
não fabrica horrores!
Por que viver é assim:valsar a música da vida!
Plantar a flor que falta ...e ouvir a canção..
que ainda se prepara para nascer, na alma que se faz inocente
e escolhe entre ouvir ou não a melodia das rosas!

fatinha, só fatinha....


Amigo!!!!

Ser amigoé tão bom!
Mas Ter amigo é ainda melhor!
Ganhamos duas vezes:
Somos e temos amor ..pra doar:
no abraço, que abraça, que amassa
que enlaça, que laça...
E faz-nos sentir assim:
palavra que edifica, rima inteira
verso que levita com a alma companheira!
verdadeiras e cúmplices na escolha
na visão, decidida decisão!
E no final do caminho,
onde tudo se inicia, senta-se ao nosso lado
a mão suave , testifica que não estamos sós
e sorrindo observa o conosco o circuito da vida,
sem despedida, sem partidas!
Ser amigo é tão bom!
Ter amigo é melhor, amigo não nos deixa só!


Pai...

Palavra firme , de lembranças santas!
Consolo d'alma, linda esperança,
sonho feliz de um desenho bom!
Pai, palavra forte , rocha que emoldura
das mãos de Deus tu és uma escultura
e guia sempre com uma mão segura!
Pai, na vida reges canção de ninar
escreve a letra no teu labutar
e se não cantas, está no teu pensar,
Pai, lição de fé, estrada que conduz...
grito calado, pra poder guiar
no fim do dia ...teu sorriso é luz!
Pai...essa palavra tudo em mim constrói
em teu regaço nada se destrói!
Pra mim serás sempre pai um herói!

fatinha...

Pai...

Palavra firme , de lembranças santas!
Consolo d'alma, linda esperança,
sonho feliz de um desenho bom!
Pai, palavra forte , rocha que emoldura
das mãos de Deus tu és uma escultura
e guia sempre com uma mão segura!
Pai, na vida reges canção de ninar
escreve a letra no teu labutar
e se não cantas, está no teu pensar,
Pai, lição de fé, estrada que conduz...
grito calado, pra poder guiar
no fim do dia ...teu sorriso é luz!
Pai...essa palavra tudo em mim constrói
em teu regaço nada se destrói!
Pra mim serás sempre pai um herói!

fatinha...

Lua-poema!


Lua diversa ,
em fases inteiras...
canção que me encanta
em sua maneira!
Uma voz sussurrada...
me diz algo assim,
que a lua de hoje
foi feita pra mim!
plantei ontem versos
sozinhos em forma..
os fiz ao inverso,
e o canto da alma
não sei se retorna!
Me encantas , na hora
de sempre dormir
no vago silencio,
tu estás aqui!
És lua pedaço ,
de um sonho bom
me trazes companhia,
Em noites sem som,
e empresta-me sempre
a vaga certeza, que quando escrevo
eu faço algo bom!
oh lua ilumina , na noite ,meu dia
e dá-me a certeza , que a cada lua
uma poesia!!!

fatinha...